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Humberto Moureira

Veneza: “Mother!”, de Darren Aronofsky estreiaentre aplausos e vaias na ilha de Lido

Bastante aguardado, pelo menos pelos jornalistas foi Mother!, do diretor Darren

Aronofsky (Black Swan). O filme que foi trancado a setes chaves até o lançamento ontem, 5, na mostra oficial competitiva. Antes disso só foi dado aos jornalistas um vago press release. Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Michelle Pfeiffer e Ed Harris estão no elenco. O longa não agradou parte dos jornalistas. Foi até vaiado na sessão para imprensa.


Javier intrepreta um autor/poeta récem-casado com Jennifer. Ela assume a responsabilidade pela reforma da casa localizada no meio do nada. Em um lugar que

poderia ser no Estados Unidos ou na Inglaterra, em lugar rodeado de árvores. A visita

de hóspedes inesperados desencadeiam uma série de ações. A casa onde vivem pode

ser analisada numa metáfora como a Terra – Jennifer está quase sempre descalça e

não importa o quão terrível a situação seja.


O filme todo se passa através da visão da protagonista e em momento algum ela deixa a casa onde vive. Uma das visitas resulta em morte e, mais tarde a moradia do casal vira de novo palco para mais visitantes. Na coletiva de imprensa, Aronofsky disse que não daria

explicações demasiadas sobre filme, pois acha “importante que cada um faça sua leitura e tire suas conclusões”. E acrescentou que “o nome do filme seria Day 6, mas em um dado momento decidi mudar o nome. Quem tem referências bíblicas vai entender.”


O longa proprociona um passeio por uma montanha-russa e o espectador vivencia um misto de tensão e busca pelas referências. O ftrabalho tem um clima fantasmagórico, é uma sensação de estar em um sonho. Depois de 20 minutos é claro qual o destino que o personagem de Lawrence terá, mas parte da ação exige concentração de quem o assiste.


“Quem fecha os olhos em alguns momentos, perde parte da imersão”, afirma o diretor. Jenniffer Lawrence entrega uma boa protagonista, crível e emocionada no cuidado e nos esforços que tem para manter sua casa e busca conduzir o público para uma imersão na narrativa. Javier Bardem, talvez, tenha confiado demais na direção. Michele Pffeifer e Ed Harris estão deliciosamente horripilantes, mas não garantem o sucesso do filme.

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