Em Berlim são exibidos em média 400 filmes em 11 dias festival em mais de 20 salas de cinema e não possível ver tudo isso em espaço tão curto de tempo.
Com um programa intenso e que aguça os sentidos de quem o acompanha, o festival
fez com que os espectadores se desdobrem para organizar suas listinhas e se
engana quem pensa que foi das tarefas mais fáceis escolher o que assistir.
Enquanto o festival não começa fizemos uma seleção de filmes que foram exibidos em anos anteriores n capital alemã.
Grâce à Dieu
François Ozon
França, 2019
Através um roteiro que segue um formato clássico, cheio de retórica e, de utilidade
pública, Ozon conta a história de homens que foram vítimas de violências sexuais na
infância cometidas pelo padre francês Bernard Preynat e a maneira como a Igreja
Católica lida com tais denúncias. O tema é extremamente atual na França. Desde
janeiro acontece o julgamento do cardeal Philippe Barbarin, arcebispo Lyon, e de
outras pessoas envolvidas por não denunciar agressões sexuais cometidas por padres
pedófilos.
Amazing Grace
Allan Elliot EUA, 2018
Aretha Franklin se uniu ao Coral da Comunidade do Sul da Califórnia e ao reverendo
James Cleveland na Missionária da Igreja Batista Nova Templo, em Los Angeles, em
janeiro de 1972 para a gravação do lendário álbum “Amazing Grace“. No auge da fama,
Aretha volta ao mundo da música gospel – A gravanço aconteceu em dois dias. Com
sorriso tímido e gestos contidos, mas com uma voz vibrante e poderosa Ms. Franklin
nos arrebata da sala de cinema para dentro da igreja.
Synonymes
Nadav Lapid
França, Israel, Alemanha, 2019
Yoav não teve uma ótima chegada em Paris. O israelense após entrar em apartamento
vazio, onde decide tomar um banho, tem seus pertences roubados, o que o coloca em
uma situação-limite. Na tentativa de integração e obter o passaporte francês, ele evitar
falar hebraico e aprender o francês da maneira mais eficaz possível. Nem tudo
acontece como esperado e as frustrações vão tomando lugar na cabeça e nas atitudes
de Yoav, em uma Paris de dificil integração.
Varda par Agnès
Agnès Varda
França, 2018
Na frente da câmera ou atrás dela, Agnès Varda é incontestavelmente uma contadora
de histórias que evita convenções e prescreve abordagens para o drama. Com alguns
de seus companheiros de viagem, ela leva o público em uma jornada através de seu
mundo de imagens pouco ortodoxas. Neste documentário ela apresenta o seu trabalho
não de maneira cronológica, mas sua ideias e percepções artística – É interessante
notar o quanto o estilo de Varda muda a cada novo filme.
Marighella
Wagner Moura Brasil, 2019
Debute de Wagner Moura na direção. O longa retrata a história de Carlos Marighella,
considerado inimigo número 1 do Estado durante a ditadura militar. Perguntado por
um jornalista francês “se é um maoísta, trotskista ou leninista”, o protagonista
responde „que é brasileiro“. O filme narra a sua vida entre 1964 e sua morte violenta
em novembro de 1969. A história tem foco nas tentativas de Marighella de convencer
as pessoas da necessidade da revolta, mesmo que para isso seja necessário uma
resistência armada.